Durante todo o mês de agosto, a Prefeitura de Embu através do Centro de Controleze de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde realizará a Campanha de Vacinação Contra Raiva em Cães e Gatos no município. Serão montados postos de vacinação fixos e volantes em algumas áreas específicas.
A vacinação de cães e gatos contra raiva é a atividade que mais contribui para o controle da doença nessas espécies e, conseqüentemente, da raiva humana. O objetivo das campanhas de vacinação é estabelecer uma barreira imunológica na população de cães e gatos, através de uma operação ampla em curto prazo de tempo.
Segundo o Instituto Pasteur, o município de Embu conta com uma população de mais de 42 mil cães e 10 mil gatos. A maior dificuldade do CCZ é a imunização dos gatos, isso em função de vários fatores, dentre eles a falta de sensibilização dos proprietários desta espécie de animal.
O gato vem assumindo um papel muito importante na cadeia de transmissão da raiva, fato este comprovado pelos últimos casos de raiva humana no estado de São Paulo. O instinto do felino é de predador, por isso continua caçando mesmo em ambiente doméstico. Como o morcego é uma de suas presas, o gato se contamina com o vírus da doença.
A raiva é uma doença que ocorre nos mamíferos (cães , gatos, bois, cavalos, ovelhas, cabritos, morcegos ,etc.) e que pode ser transmitida aos homens, sendo mortal pois afeta o sistema nervoso. A transmissão ocorre quando o vírus causador da raiva, que está presente na saliva do animal infectado, penetra no organismo do homem através de mordedura ou lambedura.
Até 2004, no Brasil o principal transmissor da raiva ao homem era o cão. Mas segundo a Fundação Nacional de Saúde, o morcego assumiu o primeiro lugar após alguns surtos epidêmicos na região Norte do país. O morcego é o único mamífero que pode voar, e assim sai à procura de alimentos ao entardecer e à noite. Normalmente associado a símbolos de terror, mistério e crenças, o morcego possui um importante papel na natureza: dispersando sementes, polinizando flores e controlando insetos.
Existem os morcegos que se alimentam de sangue, mas nas cidades os morcegos mais comuns são aqueles que se alimentam de insetos e plantas, isto devido à grande oferta de alimento e abrigo (edificações sem conservações e com falhas de construção criando "cavernas artificiais"). Todas as espécies de morcegos podem transmitir a raiva, sendo assim nunca devemos tentar capturá-los. Lembre-se que morcegos com alterações de hábitos e comportamento, tais como, voar durante o dia e encontrados paralisados e/ou doentes, NUNCA DEVEM SER MANIPULADOS , e neste caso a
Equipe do Centro de Controle de Zoonoses – CCZ - Secretaria de Saúde deve ser imediatamente avisada para que o animal seja encaminhado para exame laboratorial. Tendo em vista que os morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue de bois, cavalos, ovelhas, etc.), transmitem a raiva para estes animais, é também recomendada a vacinação deles.
O CCZ de Embu informa que o ciclo da raiva em cães e gatos está controlado no Estado de São Paulo, mas hoje em dia o risco de contaminação pelo vírus da raiva vem dos morcegos, e estes podem entrar em contato com cães e principalmente com os gatos, dando início a uma epidemia de Raiva.
O último registro da doença no Estado de São Paulo ocorreu em 2001, no município de Dracena. A vítima, uma mulher, foi atacada por um gato que havia caçado um morcego infectado.
No Brasil, em 2007 a raiva foi diagnosticada em 81 cães, sendo a grande maioria encontrada nas regiões Norte e Nordeste. No caso dos gatos, quatro felinos contraíram a doença. E somente um caso de raiva humana foi diagnosticado no Brasil no ano passado.
Maria Regina Teixeira
Prefeitura de Embu / SP
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