quarta-feira, 26 de março de 2008

Infecção rara leva MA a sacrificar 12 cavalos

Doze cavalos com Anemia Infecciosa Eqüina (AIE) foram sacrificados ontem no Rio Grande do Norte depois que testes de laboratório confirmaram a doença. Foi o primeiro caso em que essa quantidade de animais foi identificada e sacrificada em uma mesma propriedade rural, segundo a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) no estado, que, às 8h30 de hoje, concede entrevista coletiva sobre o assunto em sua sede, localizada na Ribeira.


Os cavalos foram sacrificados por fiscais da Superintendência e do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN). Descde 1981 uma portaria inclui a AIE entre as doenças passíveis de aplicação das medidas previstas no Regulamento de Defesa Sanitária Animal, tornando obrigatório o sacrifício dos animais doentes, uma vez que não existe cura ou tratamento.

A Anemia, doença da lista ‘‘B’’ do Escritório Internacional de Epizootias (OIE), é uma enfermidade viral contagiosa que infecta todos os eqüídeos (eqüinos, asininos e muares), de qualquer idade ou sexo. A doença se manifesta sob as formas aguda, crônica ou inaparente. Os animais que apresentam a forma aguda podem apresentar sintomas severos e inespecíficos como febre, anemia, hemorragias petequiais (pintas hemorrágicas espalhadas no corpo), edemas nos membros e abdome, fraqueza, falta de apetite e podem morrer no período de 2 a 3 semanas.

Segundo a SFA, a transmissão se dá através de picadas de insetos hematófagos, principalmente as mutucas (Stomoxys sp.), além de agulhas, seringas, esporas, freios, arreios ou outros utensílios contaminados com sangue infectado. Outras formas de transmissão são através do sêmen e do leite.

O trânsito interestadual de eqüídeos, além da participação em eventos como vaquejadas, leilões, feiras, rodeios e exposições só são permitidos se os animais estiverem comprovadamente livres da doença.

A entrevista coletiva de hoje será concedida pelo fiscal federal agropecuário da SFA/RN, José Vilar de Carvalho. Ele deverá prestar maiores esclarecimentos sobre as ações que o Serviço de Defesa Sanitária Agropecuária (Sedesa) vem executando no Rio Grande do Norte no controle e erradicação da AIE.
Fonte:Diário de Natal

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