sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Projeto de esterilização de cães e gatos de donos carentes

ULBRA
Responsáveis pelo projeto: Cristine Dossin Fischer
Paulo Ricardo Rodrigues

Esterilização

A procriação descontrolada de cães e gatos é um problema que as autoridades de saúde se deparam freqüentemente.


Uma das alternativas éticas para esses casos é a castração de cães e gatos para evitar crias indesejáveis aos proprietários, pois em alguns casos ocorre abandono desses filhotes nas ruas das cidades. Pensando em minimizar esse problema, e ao mesmo tempo inserir o aluno na prática cirúrgica, o programa teve início em 1998 .

Os cães são de proprietários que se enquadrem nas exigências sócio econômicas do projeto. Tendo em conta que uma fêmea canina ou felina dá a luz a uma ninhada de em média seis filhotes, considerando três machos e três fêmeas, com uma gestação a cada seis meses, ao final de um ano a esterilização de uma cadela equivale a 54 filhotes não gerados. Extrapolando esses números para o número de fêmeas esterilizadas pelo projeto no ano de 2002, que foram ao redor de 130 entre cadelas e gatas, concluímos que deixaram de ser gerados 8 320 filhotes neste ano. Esses dados mostram a conscientização dos proprietários para a posse responsável do seu animal e mostra o sucesso do projeto implantado pela Universidade, contribuindo assim para a saúde pública e para o bem estar animal.

Agendamento pelos fones: 3477.9212 e 3477.9284 ramal: 2659

Um comentário:

Unknown disse...

Oi, bom dia,

Vivo em Fortaleza e me relaciono com a problemática dos animais carentes. Na questão levantada por vocês sobre a posse responsável, gostaria de tecer algumas considerações. A denominada posse responsável só será possível quando se der uma conjunção de fatores. A nosso ver, esses fatores extrapolam a residência da família cuidadora do animal. Por que? Porque manter um animal em boas condições dentro de casa depende das políticas públicas para animais. Nessas políticas, maiormente não estão incluídos programas de conscientização para a categoria veterinária. Historicamente no Brasil, a maioria dos discentes universitários dos cursos de veterinária, bem como os profissionais já atuantes não apoiaram ou apoiam causas humanitárias. Lembremo-nos que falamos da maioria, portanto essa análise não diz respeito aos que sempre foram solidários. Assim, a atuação na universidade e fora dela para a maioria dos veterinários se caracterizou como elitista. Esse elitismo dificulta sobremaneira o acesso dos animais carentes de comunidades humanas pobres aos serviços de veterinária. Portanto, ao se falar em posse responsável, entendemos que necessariamente devemos falar em veterinária solidária.

Déa de Lima Vidal (Profa.Dra.)
Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará
Fone 85 3101 9932