quarta-feira, 29 de abril de 2009

Cães, gatos e outros animais domésticos terão microchips- Curitiba/PR

Com assinatura de três convênios, o prefeito Beto Richa lançou nesta terça-feira (28) a Rede de Defesa e Proteção Animal de Curitiba.

Desenvolvida pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a Rede conta principalmente com campanhas para a guarda responsável e um Sistema de Informações e Identificação Animal, com aplicação de microchips para monitoramento dos animais sob a responsabilidade de seus donos.

Os convênios foram assinados com três parceiros da Prefeitura no programa - Universidade Federal do Paraná (UFPR), Associação Nacional de Clínicas Veterinárias de Pequenos Animais no Paraná (Anclivepa) e Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná. As três instituições terão funções específicas dentro da Rede de Defesa e Proteção Animal.

"Trata-se de uma política permanente, construída com parcerias importantes e que trará resultados efetivos e não apenas pontuais", destacou o prefeito Beto Richa. Participaram do lançamento o reitor da UFPR, Zake Akel, o vereador de São Paulo Roberto Tripoli, os vereadores Jair César e Omar Sabbag, os secretários municipais do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto, e de Governo, Rui Hara, além de professores universitários e estudantes de zootecnia e medicina veterinária.

Para incentivar os proprietários a implantar microchips nos animais, a Prefeitura de Curitiba está comprando, por concorrência pública, 22 mil unidades que serão usadas neste ano. Os microchips, espécie de carteira de identidade eletrônica dos animais, serão repassados à Anclivepa, que por sua vez, distribuirá os equipamentos às clínicas, hospitais veterinários e comércio de animais.

Os estabelecimentos associados à Anclivepa receberão os chips a preço de custo e deixarão à disposição dos clientes que queiram aplicar nos animais. "Essa Rede muda os paradigmas das antigas campanhas de controle populacional de animais domésticos porque, de fato, envolve a população, cobrando de cada a responsabilidade devida em relação ao abandono dos animais, disse o presidente da Anclivepa, Jorge Schêmiko.

Microchips são um pouco maiores que um grão de arroz e aplicados como uma injeção embaixo da pele do animal. Informações como nome do bicho e do responsável, endereço, idade, sexo e ficha médica constarão nos chips. As informações podem ser verificadas com um leitor eletrônico.

A Prefeitura também aplicará chips eletrônicos em animais das áreas periféricas. Para isso, contará com a mobilização de associações de moradores e de programas assistenciais. Além de microchips, os proprietários de animais domésticos poderão fazer o cadastro dos bichos pela internet. A página está em construção, e ficará hospedada no site da Prefeitura (www.curitiba.pr.gov.br).

"Animal identificado traz mais segurança para o bicho e também para o dono. Quem Ama Cuida. É isso que pretendemos com relação ao uso dos microchips. Se porventura um animal se perder do seu dono ou fugir, a sua localização será precisa", disse o diretor do Departamento de Zoológico de Curitiba, Marcos Traad, também coordenador da Rede de Defesa e Proteção Animal.

No convênio assinado com a UFPR, a Prefeitura fica responsável por equipar um ônibus da universidade, que será usado pela área de Medicina Veterinária para esterilizar cães e gatos. A unidade móvel também será usada em ações de educação ambiental relacionadas à guarda responsável de animais domésticos, maior objetivo da Rede.

Feiras de adoção - Materiais educativos sobre os cuidados que os donos de animais domésticos devem tomar em relação à proteção dos bichos serão distribuídos pela Prefeitura. A Prefeitura apoiará as organizações não governamentais ligadas à proteção animal na ampliação das feiras de adoção de animais abandonados.

Futuramente, será criado um centro de atendimento a animais em situação de risco. O centro terá capacidade limitada para reabilitação de aproximadamente 60 animais por mês. A ideia é que o centro seja equipado pela Prefeitura de Curitiba e administrado em parceria com as universidades que tenham cursos de medicina veterinária e que comporão a Rede de Proteção Animal.

Uma pesquisa da UFPR demonstrou que 90% dos animais que estão na rua têm donos. "O que precisamos é que estes proprietários entendam que ter um animal doméstico é assumir responsabilidades com o animal e com a sociedade", destacou Traad.
Fonte:Paraná On Line



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