sábado, 26 de junho de 2010

WSPA promove debate sobre castração química

Atendendo a um convite do escritório brasileiro da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal, um grupo que reúne 1000 ONGs afiliadas em 150 países, sendo mais de 100 no Brasil), a Rhobifarma,

laboratório responsável pelo Infertile, medicamento voltado para a esterilização química de cães, participou na semana passada de um debate na sede do CRMV-SP (Conselho Regional de Medicina Veterinária de São Paulo), na capital paulista.

Além de representantes da Rhobifarma, estiveram presentes protetores afiliados a WSPA, acadêmicos, veterinários clínicos e veterinários de CCZs (Centros de Controle de Zoonozes).

Os principais pontos abordados no encontro foram o posicionamento oficial da WSPA (mundial) sobre a castração química, o estudo de avaliação de dor desenvolvido pela equipe do Professor Dr. Stelio Pacca L. Luna, da FMVZ (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia) da Unesp de Botucatu (SP), e o parecer favorável emitido pelo CRMV-SP. A platéia também teve a oportunidade de esclarecer as dúvidas sobre o Infertile.



Ao abrir o evento, a gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil, Rosangela Ribeiro, informou que a direção mundial da entidade se posicionou formalmente a respeito da castração química. Em linhas gerais o documento cita que a WSPA ainda não usa o método em seus programas porque está avaliando o custo benefício da tecnologia, porém, não desaconselha suas afiliadas a utilizarem este tipo de produto. “A castração química de cães se mostra uma boa ferramenta na luta contra a superpopulação e o consequente abandono. Vale ressaltar, no entanto, que outras medidas como a castração de fêmeas, programas de identificação (de animais e proprietários) e campanhas de educação que visem a posse responsável não devem ser esquecidas”, diz Rosangela.

O documento traz ainda algumas dicas e conselhos, como, por exemplo, a necessidade de um bom treinamento para o veterinário que vai aplicar o produto, além de protocolos de analgesia, entre outros cuidados.

Para falar sobre dor e bem estar animal, esteve presente a doutoranda em anestesia com ênfase em avaliação de dor pela Unesp de Botucatu, Denise de Fátima Rodrigues, que faz parte da equipe Professor Dr. Stelio Pacca L. Luna.

Denise apresentou a metodologia e os resultados do criterioso estudo científico que avaliou os efeitos álgicos (dor) provocados pelo Infertile. A principal conclusão é que com a aplicação, cerca de 30 minutos antes da castração química, de Acepromazina (um medicamento de uso comum e baixo custo) por via intramuscular, na dose de 0,025 mg/kg (que é considerada uma subdosagem e não deixa o animal inconsciente), não são identificados sinais significativos de dor que obriguem o uso de fármacos adicionais (analgésicos de resgate). Vale lembrar que na comparação com o grupo castrado cirurgicamente a manifestação de dor foi menor entre os cães que receberam o Infertile, ou seja, seguindo-se o protocolo com a Acepromazina a esterilização química não provoca dor nos animais. Vale ressaltar que este protocolo é um recurso válido apenas para o Infertile e representa um aprimoramento para o bem estar dos cães.

Já o sócio-diretor da Rhobifarma, o médico veterinário Ricardo Lucas, ressaltou no encontro o parecer favorável emitido pela direção do CRMV-SP (disponível para consulta no www.infertile.com.br). Em linhas gerais, o documento reconhece que os resultados obtidos com o uso do Infertile “tem sido muito favoráveis e o produto representa uma alternativa nacional de interesse para a saúde pública veterinária e é indicado, particularmente, para o controle da reprodução dos cães de companhia das populações de baixa renda.”

Lucas também apresentou o histórico de desenvolvimento e as principais e vantagens do Infertile, além de esclarecer as dúvidas da platéia. Também mostrou um vídeo (disponível no site do produto) que relata a experiência da Prefeitura de Americana (SP) com a castração química.. Em poucos meses, desde 2009, e sem a ocorrência de problemas, centenas de animais foram esterilizados com o Infertile e hoje não existe mais fila de cães machos precisando de castração na cidade.

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