Um recanto tradicional do Parque Farroupilha, em Porto Alegre, com mais de 90 anos de existência, está prestes a desaparecer.
Trata-se do minizoo implantado em 1920, que será desativado pela prefeitura nos próximos meses. Não há motivo para lamentações. Nesse caso, ao contrário do que ocorre sempre que a cidade perde parte da historia, é notícia para ser comemorada. Pelo menos pelos que defendem o bem-estar dos animais e não gostam de vê-los estressados, oprimidos em pequenos viveiros, no meio do barulho e da poluição. Como tantos outros zoológicos mundo afora, o da Redenção nasceu com o propósito de reunir animais para admiração e aprendizado dos moradores urbanos, especialmente das crianças.
Com o passar do tempo, porém, essa visão ficou ultrapassada. O consenso hoje aponta que lugar de bicho é na natureza.
Poluição e barulho
Os zoológicos ainda são aceitos como centros de preservação de espécies em extinção, desde que ofereçam aos animais as condições de sobrevivencia mais próximas possíveis do ambiente natural. Não é o caso do nosso minizoo, que ficou espremido no meio da cidade grande, em local poluído, inseguro e barulhento. Seus bichos, infelizmente, não poderão ganhar liberdade.
Acostumados à prisão, ficaram DEPendentes do homem e fatalmente morreriam caso fossem soltos na natureza. Seu destino serão criadouros autorizados pelo lbama. Vão continuar presos, mas, pelo menos, vivendo com mais tranquilidade, longe da balbú
Antônio Carlos Macedo
Diário Gaúcho | | p. 3
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