terça-feira, 22 de maio de 2012

Saiba como cuidar de animais de estimação exóticos em casa

Foto: Shutterstock

É preciso sempre estar atento aos dentes do coelho, que não param de crescer. O ideal é alimentá-los com vegetais com talos


Há séculos cães e gatos se tornaram nossos grandes companheiros. Porém, outros animais também têm concorrido ao posto de melhor amigo do homem. Coelhos, hamsters, furões, pássaros e até répteis parecem estar se popularizando nas residências – mas, como são relativamente novos, requerem cuidados que nem todos os donos conhecem.

Os hamsters, por exemplo, são muito sensíveis às correntes de ar e a altas temperaturas – devem, por isso, ser mantidos em abrigo que evite exposição constante ao sol, explica a veterinária Mariana Pestelli, de São Paulo. “Muitas pessoas acham que, por serem pequenos, eles podem viver em gaiolas minúsculas, mas isso não é indicado, pois tendem a engordar se ociosos”, adverte. “Uma boa saída é comprar bolas de acrílico e colocar o animal dentro. Assim ele pode passear pela casa sem corrermos o risco de perdê-lo.” Já os furões, um tipo de roedor carnívoro, demandam cuidado especial com os aparelhos eletrônicos: é comum que levem choques por tentar comer os fios. Também é recomendável evitar o contato deles com materiais pouco resistentes, como plásticos, que podem ser ingeridos.

Quanto aos coelhos, um aspecto importante é que precisam sempre comer vegetais com talos, para gastar seus dentes, que crescem constantemente. Isso inclui cenouras, mas não só – convém variar a alimentação, pois, assim como os humanos, os coelhos também precisam de nutrientes diversos, provenientes de diferentes fontes. “Também é preciso que o dono verifique diariamente o estado dos dentes do coelho e o leve ao veterinário caso note alguma alteração de alinhamento, por exemplo”, recomenda Camila Marques da Silva, veterinária de São Paulo especializada em animais silvestres.

Os lagartos, por sua vez, podem ser alimentados com as rações indicadas para tartarugas, mas sua alimentação precisa ser complementada com proteínas de ovo e carne. Como a temperatura de seu corpo varia de o ambiente, é preciso ter cuidado com alterações bruscas de frio e calor. “Alguns lagartos, como a iguana, são autófagos, ou seja, podem eliminar o próprio rabo caso se sintam ameaçados. Por isso, deve-se ter cuidado no manejo deles, pegando sempre pela cabeça e pela base da cauda, nunca pela ponta”, explica Camila.

Já a pássaros como calopsita deve-se dar rações selecionadas. As sementes são muito gordurosas, e a ave criada em cativeiro acaba gastando muito menos calorias do que na natureza, tendendo à obesidade. Outro ponto importante é que essas aves são muito apegadas aos donos, podendo ter crises depressivas caso ele viaje ou fique fora por muito tempo.


“Roedores são uma boa saída para aqueles que buscam animais menores, mais simples de tratar e um pouco mais independentes. Calopsitas também estão na moda há algum tempo, por serem espécies muito mansas, apegadas ao dono e que aprendem a assobiar sons e músicas”, resume Mariana.
Fonte:Terra




Nenhum comentário: