Cães e gatos de Rio Branco são imunizados
Mais de dez bairros de Rio Branco já foram atendidos com a Campanha de Vacinação contra a Raiva, que atende cães e gatos com a dose da vacina anti-rábica. A equipe de imunização está executando o trabalho com eficiência, segundo a coordenação do Centro de Controle de Zoonoses e a previsão é de que pelo menos 43 mil animais sejam vacinados até o dia 13 de junho.
A média de cães e gatos a serem vacinados foi estimada com base em campanhas realizadas em anos anteriores. A Prefeitura de Rio Banco, através do Centro de Controle de Zoonoses faz esse controle para que a erradicação da doença, capaz de matar um humano infectado, prevaleça.
Para que isso aconteça sem nenhuma barreira, a equipe de imunização orienta às comunidades que fiquem atentas quanto ao calendário de visitas em seus bairros. É indicado que nesses dias, os donos de cães e gatos fiquem em casa ou deixem um responsável para que a imunização seja garantida.
Segunda-feira foi feriado e por isso a equipe não estará atuando. A partir de ontem, o grupo passou a visitar os bairros Airton Sena e Bahia. Hoje a visita será nos bairros Boa União, Plácido de Castro e Boa Vista. A partir de amanhã a equipe começa a atender os bairros do Segundo Distrito.
Segundo o médico veterinário, Mário César Araújo, que é responsável técnico pelo setor de Raiva do Centro de Zoonoses, desde 2002 não é detectada na capital nenhum caso de raiva animal e desde 2000 não é identificado nenhum caso de raiva humana.
Ele atribui a erradicação ao trabalho feito pela Secretaria Municipal de Saúde e acredita que se as pessoas estiverem conscientes de que é preciso manter o controle, a estatística permanecerá nessas condições.
“A raiva animal é uma doença muito perigosa, principalmente se ela não for identificada a tempo. Uma pessoa infectada, por exemplo, pode chegar a morte rapidamente. A contaminação da doença pode ser através da saliva, da mordida, da lambida e da arranhada do cão ou do gato infectado”, destacou.
Ele disse que a vacina deve ser tomada por todos os cães e gatos a partir dos três meses de vida. Basicamente, não há contra-indicações, mas o conselho é que os animais recém-operados e que apresentam debilitação, não sejam vacinados agora.
Araújo reforça que os donos de cães e gatos devem estar atentos aos sintomas da raiva, mesmo que a doença esteja controlada no Estado. “Nem sempre os sintomas são claros, mas é possível que alguns deles sejam identificados, como a mudança de comportamento – o cão ou o gato se torna mais agressivo ou então fica calmo demais, salivação excessiva, olhos avermelhados. A doença evolui para paralisia e morte de quatro a oito dias, em média. O cão ou gato que apresenta estes sintomas precisa ser observado, pois, se a doença for confirmada, é necessário que algumas medidas sejam adotadas”, completa.
RENATA BRASILEIRO
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