segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Equoterapia: as pessoas discriminam. O cavalo, não!

A psicóloga Solange Sousa de Oliveira Alves é a coordenadora das atividades de Equoterapia no Centro Hípico do 11º RC Mec.







A introdução da equoterapia como alternativa de tratamento e reabilitação de crianças portadoras de necessidades especiais em Ponta Porã é resultado da dedicação de uma mãe que, ao detectar que o filho recém nascido apresentava atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, decidiu, com coragem, enfrentar o problema.

Buscou informações sobre as formas de reabilitação e viu que, na cidade, havia condições de implantar este trabalho. “Fui à luta na busca de apoio para formalizar uma parceria da Prefeitura com o Exército que, através do 11º Regimento de Cavalaria mecanizado, possui os animais adequados para esta terapia”, explica, Solange Sousa de Oliveira Alves, coordenadora do projeto.

Ela relata que o apoio foi conquistado graças à boa vontade das pessoas: “as portas se abriram por causa do grande alcance social desta iniciativa. Na Prefeitura a primeira pessoa que procurei foi o Dr. Eduardo Campos _ secretário de Governo e Comunicação _ que, ao lado da professora Leny _ secretária de Educação _, deu o respaldo necessário para o estabelecimento da parceria com o Exército. O Comandante, coronel Penteado, também apoiou a idéia e disponibilizou toda estrutura do Regimento Marechal Dutra para que possamos, desenvolver, duas vezes por semana, as sessões que beneficiam 18 crianças”, explica Solange.

A equipe é formada por profissionais cedidos pela Secretaria de Educação e por voluntários, profissionais especialistas que dedicam parte de seu tempo, indo ao Centro Hípico do “Onze” para o desenvolvimento das atividades.

Solange é a mãe que resolveu se dedicar neste trabalho. “Meu filho Carlos Eduardo, o Cadu, tem 3 anos de idade hoje e, graças a Deus, na equoterapia, pudemos observar principalmente sua evolução no equilíbrio e coordenação motora. Equoterapia no meu ponto de vista é superação de limites, é possibilitar ao praticante atingir metas talvez inimagináveis para ele. Mostrar que é possível, resgatando sua auto-estima, possibilitando seu auto-conhecimento.”

Preconceito
Porém, se por um lado, a equoterapia é indispensável para a recuperação das crianças, onde se desenvolve o biopsicosocial, existe ainda o preconceito na sociedade em relação às pessoas com necessidades especiais. “Existem adultos que discriminam a criança com necessidades especiais. O cavalo não. Aceita o indivíduo como ele é. Para o animal não interessa se a pessoa sabe enxergar, ouvir, caminhar, falar, enfim. É o companheiro ideal para oferecer às crianças uma vida melhor, a cada dia, a cada sessão”, enfatizou a psicóloga.

Fonte: Agora MS - Mato Grosso do Sul

Um comentário:

Pri disse...

O que você falou é uma verdade: os animais não medem o grau de inteigencia ou capacidades ou tamanho da cintura!!!eles amam incondicionalmente qualquer um!!!
bem legal seu blog!!!