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Cerca de mil defensores dos direitos animais, segundo levantamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), protestaram hoje (29/04) em frente ao Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo contra a atual direção do órgão. A manifestação que começou às 13h ocupou grande parte da Rua Santa Eulália, no Bairro de Santana, zona norte da capital.
De forma pacífica, os ativistas pediam com faixas, cartazes e palavras de ordem, a saída do diretor Marco Antonio Vigilato. As ONGs acusam o CCZ de maus-tratos e de descumprir a lei estadual que proíbe o extermínio de cães e gatos sadios.
A lei estadual nº. 12.916, de 2008, (SP)proíbe a “eliminação da vida” de cães e gatos pelos órgãos de controle de zoonoses e canis públicos, com exceção da eutanásia, que é permitida em casos de doenças graves ou infectocontagiosas incuráveis. A lei ainda prevê incentivos a programas de adoção de animais, controle reprodutivo e campanhas educacionais para a população.
De acordo com os manifestantes, o atual diretor criou muitas dificuldades no processo de doação de cães de grande porte, mesmo os dóceis; proibiu que entidades e protetores cadastrados retirassem os animais do local para levá-los a eventos de adoção durante os finais de semana; proibiu que os animais fossem fotografados com o objetivo de divulgação para doações; impediu, inclusive, que os animais tomassem banho (que seriam pagos por protetores).
Por volta das 14h, uma comissão formada pelos parlamentares Feliciano Filho, Roberto Trípoli e Júlio Oliveira; por representantes de ONGs, Nina Rosa (INR), Sônia Fonseca (Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal) Luiz Scalea (Apasfa), Carlos Rosolen (PEA) e pelas jornalistas Silvana Andrade (ANDA) e Bárbara Gancia (FSP e Band News) se reuniu com o diretor do CCZ Marco Antonio Vigilato e Rita Garcia, atual coordenadora de bem-estar animal da Covisa, para cobrar providências da atual gestão do órgão.
A comissão pediu que Vigilato apresentasse um cronograma, com início imediato, de implantação de condições dignas de abrigo e cuidados para com os animais e, também, a reativação do trabalho das ONGs dentro do CCZ. Ao responder de maneira evasiva, tangenciando o foco da questão, Vigilato provocou revolta entre os participantes da reunião, que em sinal de protesto se retiraram.
Segundo os protetores, as possibilidades de negociação com Vigilato foram encerradas. Eles acreditam que apenas com a saída dele do CCZ a situação possa ser resolvida. A próxima manifestação, ainda sem data, será realizada em frente ao prédio da prefeitura de São Paulo.
Fonte:ANDA http://www.anda.jor.br/noticiaDetalhe.php?idNoticia=3226
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