sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cerimônia vai ressaltar maus-tratos aos animais - MG

(Imagem: reprodução/Folha das Vertentes)


Será realizada, na Igreja de São Francisco de Assis, em MG, no domingo (4), a partir das 16 h, uma cerimônia para comemorar a data de seu Santo, de mesmo nome, conhecido como protetor dos animais.


Portanto, durante a celebração, eles serão lembrados e abençoados. Mas, na oportunidade, também haverá uma conscientização sobre as agruras sofridas pelos animais de rua.

Isso porque a Sociedade São Francisco de Assis de Proteção aos Animais (SSAPA) pena com o abandono e o descaso por parte da administração pública municipal. “Não temos ajuda de ninguém, não temos sede, verba, material, nem pessoal”, reclamou Mara Nogueira, membro atuante da sociedade. Segundo ela, os órgãos alegam falta de recursos disponíveis. “Queremos uma soma de esforços com algum órgão público e que alguém nos ajude a cuidar dos animaizinhos desamparados. Só que ninguém faz nada, fomos esquecidos”, protestou.
Segundo Mara Nogueira, que é membro da SSAPA, existem hoje mais de 3 mil cães abandonados pelas ruas de São João del-Rei.

Mara Nogueira lembra que os animais que estão soltos na rua são de responsabilidade da comunidade e da Prefeitura Municipal. Segundo ela, há bem mais de 3 mil cães nessa condição. “Esses bichos sofrem com abandono, doenças e fome”. Porém, a arrecadação de doações, por parte da Sociedade Protetora dos Animais, é ínfima, cerca de R$ 200,00 mensais; o que a impossibilita de qualquer ação que solucione os grandes problemas.

Mara Nogueira se mostra revoltada e indignada com a negligência pública. “Já cheguei a ouvir de um político que os animais não votam. Só que eu o lembro que nós, tutores dos bichinhos, votamos”, disse ela. “Sempre houve muita falta de interesse da administração pública”, reclama.
Verônica Lordello, contribuinte da Sociedade, ratifica o discurso de sua colega e lembra que as ações que as administrações públicas tomaram foram meramente publicitárias e que não visavam à resolução definitiva dos inúmeros problemas existentes. “Precisaríamos de uma campanha maciça de conscientização das pessoas, que lembrasse que os bichos largados à rua são responsabilidade da comunidade e da Prefeitura”, alegou. Segundo ela, a Sociedade Protetora dos Animais tem projetos e ideias para proteger os bichos, mas suas ações ficam vedadas ao baixo investimento e ao desinteresse público. “Pagamos nossas contas e nossos impostos, mas apenas os contribuintes nos ajudam”, afirmou.

A Sociedade

A Sociedade Protetora dos Animais tem 16 anos e foi declarada, pela Lei nº 2.978, órgão de utilidade pública. Durante todo esse tempo eles brigam pela causa, para mobilizar esforços conjuntos de amparo e cuidado aos cães, gatos, pombos e cavalos deixados nas ruas da cidade. Hoje, a Sociedade não possui sede própria. Mara Nogueira atende ao público em sua casa.

Fonte: Folha das Vertentes

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