sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Protetores de animais vão à praça contra a cavalgada









Mortes de cavalos no Litoral Norte provocaram a manifestação na Praça da Matriz
Crédito: FABIANO DO AMARAL



Associações protetoras dos animais e simpatizantes da causa participaram ontem à tarde, em frente ao Palácio Piratini, de protesto contra a Cavalgada do Mar. A mobilização reuniu dezenas de pessoas que clamavam pelo fim da atividade. Segundo elas, os cavalos estão sendo submetidos à exaustão, obrigados a fazer um trajeto cansativo, de 60 km/dia, sob forte calor. Informações extraoficiais, divulgadas pelas entidades, afirmam que seis animais teriam morrido. O comandante da cavalgada, Vilmar Romera, porém, disse que dois morreram e outros dez ficaram doentes.

Entre as entidades integrantes do manifesto está o Grupo de Abolição do Especismo, que luta para que não haja qualquer tipo de exploração entre as espécies. A antropóloga e integrante do movimento Maria de Nazareth, 47 anos, disse que nas últimas semanas recebeu relatos assustadores, inclusive de tradicionalistas que teriam participado da cavalgada, mas saíram por não concordar com o que estava ocorrendo. "Soubemos que alguns animais estavam desnutridos e não recebiam água. Já outros, muito gordos, tinham dificuldade de aguentar todo o trajeto", conta. A aposentada Maria Justo, 67 anos, também apoia a iniciativa, apesar de não participar dos movimentos de defesa animal. Para ela, todo e qualquer tipo de sofrimento não é justificável. "Machuca muito ver as pessoas maltratarem animais que não podem se defender", disse. A Cavalgada do Mar termina hoje, em Torres.

Correio do Povo







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