segunda-feira, 19 de abril de 2010

Animais abandonados na rua: drama e risco de doenças

A quantidade de cachorros abandonados nas ruas de Taboão da Serra, Embu e Itapecerica impressiona.


Além de estar passíveis de adquirir várias doenças como sarna, ou câncer, esses animais são sujos e maltratados. Para quem gosta de animais ver os cachorros sem rumo pelas ruas não é nada facial.

A Reportagem do Jornal na Net já recebeu diversas queixas dos munícipes sobre a questão e pode comprovar que a quantidade de cachorros nas ruas e avenidas das cidades é muito grande.

A Zoonoses das cidades de Itapecerica da Serra, Taboão e Embu das Artes faz um trabalho preventivo com as famílias, para tentar diminuir entre outros fatores, a quantidade de animais nas ruas e os riscos de doenças que eles podem transmitir.

O Doutor Marcelo Monteiro Pinto, da vigilância em saúde de Embu das Artes acredita que a causa de animais nas ruas é o abandono, que afeta a saúde pública e que está diretamente ligado a falta de hábitos de posse, propriedade ou guarda responsável dos cães e gatos.

“A zoonoses tenta evitar riscos que os animais soltos na rua podem causar, tais como, (acidentes por mordedura e acidentes automobilísticos) por meio de ações educativas junto aos proprietários dos animais”.

Marcelo, explica que estas ações procuram responsabilizar os proprietários para os perigos e as conseqüências de manter animais soltos, além das questões legais quanto à participação destes em acidentes. Quando não há proprietário para responsabilizar é realizado o recolhimento para as dependências do Centro de Controle de Zoonoses. “Essas ações acontecem por meio de palestras, vídeos, panfletos e incentiva o controle populacional através do método cirúrgico (castração) com a realização de mutirões de castração”, afirma.

Ao contrário do que muita gente pensa, os animais que são recolhidos das ruas, não são sacrificados. Segundo o Doutor Marcelo, estes animais abandonados passam por uma avaliação veterinária, com o intuito de estabelecer o estado de saúde e o temperamento. “Após a avaliação os animais são encaminhados para a castração (cirurgia) e ficam a disposição para adoção”, explica Marcelo.

Os munícipes devem ter conscientização e, além disso, cuidar do animalzinho de estimação e se ele não cumprir com a sua obrigação, após a posse do animal ele pode responder através de leis.

O Doutor Marcelo Monteiro Pinto enfatiza que todo o cão e gato devem ser conduzidos em vias e logradouros públicos de forma segura utilizando coleira e guia ou caixa de transporte. Ele lembra que o animal deve ser conduzido por pessoas com idade e força suficiente para controlar os movimentos do animal.

“Os Centros de Controle de Zoonoses utilizam Leis Municipais (Disciplina a criação, propriedade, posse, guarda, uso e transporte de cães e gatos), Estaduais (Código de proteção aos animais) e Leis Federais (Crimes ambientais)”, explica.


Karen Moura Santiago

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