terça-feira, 13 de abril de 2010

Julgamento adiado

Infelizmente o julgamento do Sr. Pablo Henrique de Assis Almeida que deveria ocorrer no dia 12 de abril foi adiado. O fato se deu sem que nenhuma entidade fosse notificada previamente, nem mesmo o Dr. Paulo Cirne Promotor do MP foi avisado da transferência de data.


O número de pessoas que se deslocaram até o fórum da cidade foi considerável, haja visto o horário e o dia de semana de trabalho.
Quando se buscou informações sobre o porquê da transferência da data uma funcionária da primeira vara criminal se exaltou e tomou atitudes extremamente antiéticas e não condizente com o cargo de funcionária pública.
A explicação dada para o adiamento foi de que julgamentos mais “importantes” teriam prioridade sobre o crime do Sr. Pablo.
Numa triste demonstração de que as pessoas fazem escalonamento de crimes considerando uns piores e prioritários a outros.
Em nossa concepção crimes são crimes e como tais devem ser tratados. Enquanto houver pessoas que classificam os crimes a insensibilidade continuará em vigor, pois crimes ditos menores são aceitos com maior naturalidade e total indiferença. Isto gera um pensamento de que são fatos aceitáveis. Foi desta forma que se iniciou o primado nazista quando os diferentes eram apenas outros que não mereciam ser comparados aos de raça superior.
A indiferença gera seres que vão se acostumando e criando uma crosta de insensibilidade diante das crueldades. O mal é banalizado de uma forma que não mais atinge as pessoas. Começa a fazer parte do cotidiano e a ser visto com naturalidade.
Segundo Anna Arendt, a complexidade da natureza humana aponta para uma certa "Banalidade do Mal" que surge quando se condescede com o sofrimento, a tortura e a própria prática do mal.
A data remarcada, a princípio é de 22/11/2010. Tentaremos através do promotor de justiça que esta data seja antecipada.
A esperança de que o Sr. Pablo seja punido ainda não nos abandonou. Cremos que mesmo com a demora justiça será feita, pois o clamor popular exige que crimes cometidos contra animais sejam punidos.
Quanto à forma como se portou a funcionária pública... em breve daremos notícias.


"Uma pomba é plena de ser no mundo do mesmo modo pelo qual um humano o é. Ser plenamente uma pomba é equivalente a ser plenamente um humano. É por isso que, em principio, é antiético matar uma pomba - ou qualquer outro animal". (Carlos Naconecy)

Maria de Lourdes Secorun Inácio







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