terça-feira, 1 de junho de 2010

Casa de passagem canina abriga 71 animais para adoção em Pernambuco

Os fundadores da Ong Pet-PE, Amanda e Jaime, acolhem 49 cachorros adultos e 22 filhotes











A realidade dos não-adotados é angustiante. Além de passarem por desgastes físicos e sofrimentos psicológicos, ficam em um estado de espera quase infinita. Perdem a noção de pertencimento e acabam evitando estabelecer vínculos mais efetivos, sabem que no fundo, um novo abandono está por vir. Parece um mecanismo de defesa, tão próprio do desconforto. No caso das crianças, o gosto dos adotantes já é bem conhecido, conforme recente estudo do Comitê Gestor do Cadastro Nacional de Adoção Humana: 70% só querem as brancas e 80% exigem que elas tenham no máximo três anos. Sofrem, então, àquelas que não se encaixam na moldura. Com a adoção de cães, a coisa não muda muito. A mesquinhez piora.

Pedigree, cor, estado de saúde, deficiências física e enfermidades. Tudo isso é levado em consideração pelos antigos donos, no momento do abandono dos animais. Encontrar um novo lar para esses cães acaba sendo algo difícil de ser alcançado. Mas são de tarefas árduas que sobrevivem o empresário Jaime Medeiros, de 32 anos, e a estudante de enfermagem Amanda Fonseca, 26. Ambos resolveram criar, há quase dois anos atrás, a Ong Pet-PE, uma organização não governamental que funciona como “casa de passagem para cachorros abandonados”, e hoje abriga 71 cães, sendo 49 já adultos e 22 filhotes, na residência de Jaime, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes.
Davi Lira
Do JC Online





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