Aumento das crias, do abandono e das fugas por conta das férias e dos fogos, doenças de verão e abrigos lotados. Entre dicas de homeopatia, hospedagem e adoção, saiba o que você pode fazer para se prevenir e ajudar
da redação do Notícias da ARCA
Enquanto o mundo está em festa e comemora o Natal e o Ano Novo, os animais e seus admiradores entram em estado de alerta, devido à ameaça do abandono. É também nessa época quando sobre o número de filhotes, por influência de vários fatores, que os abrigos sofrem aumento na procura e os parasitas de verão começam a atacar.
O Notícias da ARCA reúne aqui os elementos desse cenário, agravado pela política de não recolhimento de cães e gatos, adotada por alguns CCZs (Centros de Controle de Zoonoses) do país, e mostra como minorar seus efeitos.
“Todo final de ano é complicado. Os animais comprados por impulso nos meses anteriores ou por pessoas sem condições financeiras são abandonados nessa época”, explica o protetor Rafael Miranda, empresário e diretor do abrigo Cão Sem Dono. De acordo com ele, o principal motivo por trás da atitude covarde são as férias, pois os donos alegam não ter onde deixar o bicho ou não querem levá-los junto para evitar despesas extras.
“A segunda causa são os fogos de artifício. Muitos animais se assustam e fogem de suas casas para se esconder. Aí não conseguem achar o caminho de volta.”
O protetor revela que, apesar do clima de solidariedade, os gastos com as comemorações causam queda no número de doações. “Eu diria que trinta por cento das doações financeiras sofrem redução nessa época. Iniciamos o ano no vermelho e só conseguimos reequilibrar as contas em abril.
A “bola de neve” do final e início do ano
NascimentosAlém das causas de abandono já citadas, nessa época há o “cat season” (LINK), o que aumenta o número de nascimento de gatos. Os criadores também procriam seus animais em determinado momento para que os filhotes estejam “prontos” para a venda no período natalino. Por não poderem “estocar”, baixam o preço até venderem todos os peludos.
Dívidas, superlotação e acidentes
Além de tentar fechar as contas e despesas com remédio, ração, água, luz e veterinário, os abrigos já superlotados são tomados pela onda de novos abandonos, criando um dilema. Ao dizerem sim a esses bichos, aumentam dívidas e lotação. Quando dizem não, os animais ficam ao relento e agravam o quadro atual nas cidades, sujeitos a acidentes, atropelamentos e mordidas.
Doenças
No verão, os parasitas se multiplicam. Aumentam casos de pulgas, carrapatos, sarnas, bicheiras, bernes, principalmente nos abrigos, onde há alta concentração de animais. Sobe o gasto com veterinário e remédios.
Não adquirir animal por impulso e dissuadir outros de fazê-lo.
Quer ter um bichinho? Confira com os “Os Dez Mandamentos do Proprietário Responsável de Cães e Gatos” e o “Teste do Proprietário Responsável”, criados pela ARCA Brasil, se este é o momento. Aplique o que aprendeu com as pessoas a sua volta.
Adote, não compre!
Porque alimentar a procriação inescrupulosa de animais se você pode tirar um bichinho de um abrigo e dar a ele o carinho de uma família? A queda na compra de animais reduzirá as crias inescrupulosas e terá impacto nas grandes lojas que insistem nesse tipo de comércio
Ao encontrar um animal abandonado
Ao invés de levá-lo para um abrigo confira aqui medidas que podem ser tomadas, como o “Lar Transitório” e os sites de adoção.
Doe itens básicos para um abrigo
A ARCA considera relevante o trabalho de ONGs como o “Cão Sem Dono”, que prezam pela qualidade de vida dos animais recolhidos. “Nosso sitio tem área de 20 mil metros quadrados para 200 animais, distribuídos em canis de 12 metros para cada três animais com área coberta e área para banho de sol. São soltos todos os dias em área de 10 mil metros para brincarem.” De acordo com, Rafael, os cães têm assistência veterinária 24 horas e são observados em tempo integral por um time de cinco tratadores. “Precisamos de padrinhos para os nossos cães para ajudar a pagar as contas”
Contra os fogosÉ possível amenizar o sofrimento dos peludos durante a queima de fogos. O floral e outras terapias podem ser a solução
Ao viajar, leve o bicho - deixe-o em um hotel - com petsitter.
De hospedagens que aceitam animais até hotéis feitos especialmente para eles. Não há desculpa para abandono por causa de viagens. Mesmo quando nenhum amigo pode quebrar o galho e cuidar da bicharada, há serviços especializados que incluem até petsitters.
Combata as pragas de verão.
A maior parte das pragas existentes já possuem formas de controle que vão desde praticas de higiene específicas até medicamentos que impedem os insetos de se reproduzir
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