quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Brasileiros visitam maior feira de cães e gatos de Tokai

Exposição teve ainda pôneis, aves como corujas, corvo e falcão, tartarugas, coelhos e peixes. De acordo com a organização, público foi de 50 mil visitantes nos dois dias.Edson Xavier/JPTV

Milhares de visitantes conferiram o Wannyan Dome, uma exposição de produtos para animais de estimação realizada em Nagoya em janeiro último. Brasileiros de várias regiões também levaram seus cães ao evento que é promovido uma vez ao ano pela TV Aichi. É a maior feira do gênero em toda a região Tokai. A exposição reuniu animais vencedores de concursos, empresas de produtos e serviços para os bichos de estimação, e eventos paralelos como shows de adestramento, entre vários outros. Mas a atração mesmo foram os bichos que chegaram a passeio com seus donos – na maioria cães e gatos. O brasileiro Tom Ouchi, de Komaki, esta sempre presente em eventos relacionados a animais de estimação. Ele é criador da raça bulldog e costuma participar de competições da raça no Japão. “A Wannyan Dome é uma exposição diferente das que participo, porque aqui é mais para exibição de produtos para pet-shop, enquanto em outras existe a competição, as provas que elegem os melhores exemplares de cada raça”,observou. Mesmo sem competição, a feira em Nagoya reuniu cães de uma infinidade de raças. Cães com ares de bonzinhos, cheios de enfeites, cães enormes, com ares de mau, daqueles que impõe medo. Teve os desengonçados, os fashion, os dificeis de se ver no dia a dia e até os de raça indefinida, do tipo vira-latas. Circularam no colo dos donos, ou em carrinhos feito bebês, escondidos em bolsas ou conduzidos imponentes na guia e coleira. O brasileiro Hugo Tani, de Toyohashi, também passeou pela feira com a bulldog Mimi na coleira. Segundo ele, eventos desta natureza são interessantes para quem gosta de criação. É possível conferir as novidades no mercado de pet-shops e também fazer amizade com outros criadores. Alice Cortez, de Gifu, têm cinco cães de estimação – que até pouco tempo atrás eram criados por ela no Japão, e que agora estão no Brasil. Ela diz que a feira tem sim muitas novidades, mas foi à Wannyan Dome especialmente para apreciar os cães que desfilaram com seus donos, e se impressionou com a variedade de raças representadas. Em uma feira como esta, fica evidente a paixão pelos animais de estimação. E até aqueles que não têm um pet em casa estiveram na Wannyan Dome para um contato mais próximo com os bichos. Aquele velho ditado popular que diz “quem não tem cão caça com gato” não teve valia na feira. Afinal, por lá, quem não tinha cão pode alugar um animal, por 10 minutos que fosse, para passear e tirar fotos com os cães em um espaço destinado aos visitantes. A iniciativa fez bastante sucesso com as crianças, especialmente. O passatempo, entre outras atividades, foi coordenado por alunos do Aichi Pet College, um colégio para quem pretende trabalhar no ramo de pet shop. E para as crianças, outro atrativo foram os brinquedos instalados no recinto enquanto os pais passeavam com os pets. Exposição como a realizada em Nagoya gera um grande volume de negócios, afinal, este é um segmento que não enfrenta crise. E atrai também criadores brasileiros que gostam dos animais, e que encaram a criação como uma oportunidade de negócios. Igor Tanaka, dono de um cão da raça American bully e um Pitbull terrier levou os dois animais à feira. Contou que está estudando para se aprimorar na criação, e que pretende trabalhar com canil. “Mas mesmo trabalhando com isso eu não vejo como um negócio, pretendo vender um pet, e não vender como se fosse um produto”, afirma. Outro criador da raça American Bully é o brasileiro Maurício Amano, pioneiro na importação de matrizes da raça – vindas dos EUA. Segundo ele, a exposição é uma excelente oportunidade para divulgar o canil – que ele mantém em Shiga – e contactar interessados na raça. Maurício confirma que os japoneses apreciam também os cães de porte maior, e o American Bully tem chamado a atenção de novos criadores. Brasileiros e japoneses confirmam que, apesar do período de recessão nos últimos anos o Japão registra crescimento nos gastos com animais de estimação. Além da venda de filhotes, tem o comércio de roupas, coleiras, ração, uma infinidade de acessórios, e até mesmo planos de saúde e cosméticos. O mercado de pet shop movimenta cerca de 2 bilhões de ienes por ano no Japão, com um detalhe: as mulheres japonesas gastam quatro vezes mais que os homens com seus bichos de estimação. A Wannyan Dome teve reservado um grande espaço para empresas fabricantes e distribuidores de artigos de pet-shop. Foram 43 estandes comerciais que atenderam o público, o que conferiu ao evento características de um imenso pet-shop. E além dos cães, a exposição teve vários outros animais de estimação á mostra para os visitantes. Em um território de maioria canina, a gata Mary passeou encolhida no colo de seus donos – japoneses – assustada com a cachorrada. Mas apesar da minoria, os felinos também tiveram espaço em uma ala onde foram avaliados em competição de diferentes raças International Press

Nenhum comentário: