quarta-feira, 11 de abril de 2012

As perspectivas do mercado pet brasileiro em 2012.




A mudança de estilo de vida, o aumento da renda per capita brasileira e a consciência de que se consumir produtos naturais contribui com a qualidade de vida, muda o perfil do consumidor pet e traz mais um novo desafio para o mercado no próximo ano.




O setor pet mais uma vez desfruta de saldo positivo ao final do ano de 2011. Segundo estimativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Alimentos para Animais de Estimação, o mercado faturou 13% a mais que no ano de 2010. Isso significa um lucro de R$ 12.439 bilhões. Deste faturamento total, o segmento pet food representa por volta de 66%, o que corresponde a aproximadamente R$ 8.209 bilhões.


Em volume de produção, o segmento de pet food deve fechar o ano de 2011 com 1,98 milhões de toneladas e com crescimento de 6% em relação a 2010. “Este crescimento de 13% no faturamento deve-se ao fato de que as matérias dos alimentos são commodities (milho, soja, arroz, carne, trigo, etc.) e cresceram acima de 20% neste ano”, declara José Edson Galvão de França, diretor da Anfalpet.


França acredita que se houver uma acomodação dos preços das principais matérias-primas dos alimentos pet, o setor deve ter um crescimento abaixo ao de 2011. “Caso sejam mantidos os preços das principais matérias-primas dos alimentos, o setor de produtos pára animais de estimação deve ficar abaixo dos 10% em 2012. No entanto o volume de produção de alimentos deve chegar apenas a 6% de crescimento. O mercado acomodou-se em volume, ou seja, o crescimento do faturamento não reflete o crescimento do mercado”, explica o executivo.


Em um cenário de crise econômica mundial e de gatos mais contidos, o mercado pet se destaca a cada ano, se tornando cada vez mais lucrativo. O último estudo que considerou o número de pets shops, feito em 2005 pelo SEBRAE-SP (Sistema Brasileiro de Apoio às Micro e Pequeno das Empresas de São Paulo), apontava a existência de cinco mil lojas somente em São Paulo e oito mil em todo país. Atualmente, as estimativas da indústria apontam que o Brasil possui aproximadamente 30 mil pontos de venda.


Os números evidenciam o sucesso do setor que promete muito mais. Para 2012, a Anfalpet prevê que o crescimento permanecerá com o crescimento de 13%. “Espera-se que em 2012 seja mantido o crescimento de 13% no faturamento no mercado pet e um crescimento por volta de 6% para o volume de produção de pet food”, estima França.

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Já em relação à tendência para o próximo ano, não poderia ser outra se não os produtos voltados para as linhas mais naturais. Segundo o diretor da Anfalpet, esse perfil de mercado é fruto da alteração do estilo de vida da população brasileira e também mundial. “os animais de estimação passaram a ser tratados como membros da família e com isso ocorreu esta alteração no comportamento e um maior cuidado de seleção dos alimentos”, explica.


França acredita que as pessoas estão percebendo cada vez mais a importância e os benefícios da relação entre os humanos e os animais de estimação, tornado-se os principais fatores que fazem deste setor um dos mais lucrativos e promissores atualmente no país. Somando a essa mudança de comportamento, também se deve considerar ainda o crescimento do mercado e o aumento da renda per capita brasileira que de acordo com os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatísticas), no começo de 2011. Ultrapassou os US$ 10 mil em 2010.


Além da longevidade e do estilo solitário das pessoas das grandes cidades. “Casais com filhos crianças passam a ter animais em função da exigência dos filhos e a partir daí tratam o animal como filho. Casai com filhos adolescentes, quando estes passam a ter outros interesses, acabam assumindo o animal dando-lhe tratamento humano ou mantém o animal até o seu final de vida. Casais sem filhos, ou filhos adultos residentes com os pais com idade até 60 anos têm o mesmo comportamento anterior. Casais com mais de 60 anos costumam substituir os filhos pelos animais”, define França.


Pra atender este consumidor, que está cada vez mais exigente, antenado com a tecnologia e à necessidade de preservar o meio ambiente, assim como melhorar a sua qualidade de vida, os fabricantes dos produtos pet precisam cada dia mais fazer o mercado girar, evoluir e crescer, sem perder a qualidade. “Com essa mudança de comportamento, cria-se o desafio de desenvolver e produzir alimentos para animais de estimação com cuidados de alimentos para nós humanos e mais barato, e a lançar produtos para novos nichos de mercado com a velocidade adequada. Além, é claro, de adsorver a população de animais que ainda se alimenta com sobras de mesa”, conclui França.

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Fone: Revista Negócios Pet edição 84 dezembro 2011.

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