sexta-feira, 9 de maio de 2008

GM é acusado de maus-tratos a gata

GM é acusado de maus-tratos a gata Por Mário Sérgio
Um explosivo e uma manilha. Estas foram as ferramentas utilizadas por um guarda municipal na tentativa de matar uma gata que rondava a sede da Secretaria de Trânsito, Transportes Especiais e Proteção de Bens e Serviços Públicos de Uberaba (Settrans), conforme afirma Denise Sthéfane Max, presidente da Sociedade Uberabense Protetora dos Animais (Supra).


De acordo com Denise, o crime foi cometido na segunda-feira pela manhã, quando, após perseguir o animal, o guarda, que não foi identificado à reportagem, conseguiu prendê-lo em tubo de barro para construção civil, jogando o explosivo em seguida. "Depois que a gata entrou, ele tapou os dois lados do canal, deixando-a presa durante a explosão. Uma barbaridade", conta.

Ela relata, ainda, que há seis meses a gata vivia nas imediações da secretaria, onde era bem acolhida pelos servidores, agora revoltados com a ação do guarda.

A presidente da Supra afirma que todas as informações sobre o atentado partiram dos próprios funcionários. Eles revelaram que, durante o ato, outros guardas riam do episódio, enquanto apenas um deles tentou impedir. "Em poucos minutos, recebi umas oito ligações de pessoas relatando o ocorrido. Além do ato cruel, fiquei chocada com a postura dos outros guardas, que acharam o fato engraçado", lamenta.

Conseqüências. De acordo com o médico veterinário da Supra, Sarley Torres, a gata, que não mais foi vista após a agressão, caso ainda esteja viva, provavelmente estará com seqüelas. "Uma atitude como essa pode desencadear uma série de problemas ao animal, como danos neurológicos, estresse, depressão, surdez, úlcera de córneas — já que fragmentos de pólvora podem ter atingido seus olhos —, problemas no pêlo, além de futuramente poder desenvolver quadros de epilepsia", explica.

Guarda. Procurado pelo Jornal da Manhã, o diretor da Guarda Municipal, Júlio César Aguiar, afirmou que teve conhecimento do fato apenas no início da noite de segunda-feira e que ainda não havia ouvido o guarda acusado. "Ainda não apurei os fatos. Preciso, primeiramente, conversar com ele e conhecer a sua versão. A partir daí decidirei que atitude tomar", relata.

Fonte: GM ON LINE

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