Não é de hoje que se sabe que animais promovem uma série de benefícios aos seres humanos
Eles não falam verbalmente, mas são capazes de nos entender mais do que os seres humanos. Amor e dedicação é o que não falta. Se estivermos tristes, eles são capazes de sentir a mesma coisa. Mas se o dono está feliz, eles também festejam. Não é bem novidade dizer que os animais de estimação fazem bem à saúde humana. Mas estudos nessa área não param de crescer e só confirmam essa hipótese.
Essa característica acolhedora de cães, gatos, peixes e outros bichos intriga pesquisadores que buscam descobrir os poderes terapêuticos dos animais. O fato é que cada vez mais os bichinhos têm ocupado um lugar especial na vida das pessoas e já é possível encontrar casos em que eles têm a “responsabilidade” de fazer companhia ou cumprir as carências afetivas do seu dono.
O efeito é em cadeia. Eles funcionam como melhor amigo e, de forma inexplicável, a imunidade aumenta e a tristeza vai embora. É assim que acontece com Jane Ferreira, membro da Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais - APIPA. Ela mora sozinha há muito tempo e a sua principal companhia são seus bichinhos de estimação.
Ela já chegou a adotar 36 cães, mas hoje se contenta apenas com dois. “Com a vida que levo hoje não dá para criar tantos animais assim”. Mas para fazer companhia aos cachorrinhos, ela também adotou dois gatos e contesta o mito de que cão e gato não podem viver juntos.
Em poucas palavras Jane define o que os seus bichinhos de estimação representam. “Eles são como filhos para mim”, diz. “Eles funcionam como um verdadeiro amigo, que a gente desabafa e eles guardam segredo”, completa.
Por conta da companhia dos animais, Jane diz que não se sente só, mesmo morando sozinha. Eles participam em tudo na sua vida. Quando ela viaja, eles vão juntos. Quando não dá para levá-los, o sentimento é de saudade. “Eles fazem parte da minha vida”, finaliza.
Psicólogos recomendam animais como terapia
A companhia de quatro patas traz benefícios no desenvolvimento psicológico, social e na qualidade de vida das pessoas. Em decorrência disso, cada vez mais especialistas em psicologia recomendam criar animais de estimação como uma terapia alternativa, sobretudo em casos onde há grandes perdas ou traumas.
Isso porque as pessoas acabam transferindo o sentimento de um parente que morreu, ou de um cônjuge que se separou para o animal. “Não vai substituir, mas preenche uma lacuna na vida da pessoa”, explica a psicóloga Karoena Aragão. “Também é recomendado para pessoas que vivem sós”.
Segundo especialistas, é possível verificar níveis de solidão, depressão e ansiedade em pessoas que não possuem animais como companhia. Mas os benefícios não param por aí. Pesquisadores americanos avaliam que ter um bichinho de estimação reduz em um terço as chances de se resolver um tipo relativamente comum de câncer.
Além disso, uma pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, mostra que ter um bicho de estimação eleva as taxas de sobrevida em um ano entre vítimas de enfarte.
Embora investigações como essa provoquem questionamentos, já que os donos dos animais podem ter, eventualmente, menos fatores de risco cardíacos, se alimentem com dietas mais saudáveis, especialistas garantem que o padrão de vida de quem tem um animal é bastante saudável.
Fonte: Jornal Meio-Norte Edição: Sávia Barreto
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