domingo, 25 de janeiro de 2009

Agropecuária: conferencia busca avanços nas normas para bem-estar animal- Bruxelas

Os avanços na implantação de métodos que resultem em bem-estar animal nas cadeias de aves, suínos, bovinos e outros animais de produção foram discutidos, nos dias 19, 20 e 21 de janeiro, durante a Conferência Global de Bem-Estar Animal, na cidade de Bruxelas.


Estiveram na pauta temas como abate, instalações, transporte, comercialização de animais e aspectos relacionados às questões alimentares.
Entre as regras que determinam o transporte para o abate está identificar o tipo de gaiola que será utilizada para não causar danos aos animais, treinar e cadastrar os motoristas, por meio de órgãos do governo e monitorar os veículos durante todo o trajeto por meio de GPS. Além disso, o embarque e desembarque dos animais deverão ser feitos por profissionais capacitados e em estruturas físicas adequadas.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, Márcio Portocarrero, é necessário o Brasil estabelecer os parâmetros adequados às condições de distâncias e de clima, uma vez que os padrões europeus foram criados para condições de climas adversos e pequenas distâncias. Em 2008, o Brasil exportou mais de 400 mil bovinos vivos para o Líbano e Venezuela e constatamos que as estruturas utilizadas para reter os animais antes do embarque estavam de acordo com os critérios de bem-estar animal. A adequação dos navios passa a ser um desafio mundial, uma vez que existe transporte de animais vivos entre todos os continentes, ressaltou.

Portocarrero disse, ainda, que a questão de bem-estar animal ainda não está inserida na pauta da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que, enquanto o tema não constar, a OMC não pode tratá-lo em litígios no âmbito do comércio internacional. A posição do Brasil é que as preocupações com bem-estar animal não podem servir a fins protecionistas e estamos dispostos a implementar normas e procedimentos em conjunto com o setor privado, explicou.

O evento reuniu 55 países, com mais de 400 pessoas, entre representantes de governos, setor privado, universidades, instituições de pesquisa e organizações não-governamentais ligadas ao tema. As informações são do Mapa.
Fonte: Ultimo Segundo

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