Não bastassem os problemas provocados por maus motoristas e pedestres, o santa-cruzense ainda tem que conviver com fatores externos.
O maior exemplo é o dos carroceiros, que circulam, na maioria dos casos, sem a menor preocupação com o sistema de tráfego. Na tarde da última sexta-feira a Gazeta do Sul flagrou um papeleiro que puxava sua carroça pela Rua Tenente Coronel Brito. Primeiro, se colocou à frente de um ônibus, impedindo o avanço do coletivo. Seguiu ocupando uma faixa inteira da via e logo depois, vagarosamente, cruzou de um lado a outro da pista em linha reta, forçando vários veículos a reduzirem a velocidade. Alguns tiveram que parar.
Mesmo diante do risco de atropelamento que correu, o papeleiro continuou despreocupado. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina a obrigatoriedade do registro e licenciamento para veículos de tração e propulsão animal (carroças e carrinhos de papeleiros). De acordo com a lei, esses veículos têm que seguir regras de conduta, como andar à direita da pista, junto ao acostamento, sempre que não houver faixa especial para eles.
Muitos carroceiros passam boa parte do dia na região central recolhendo materiais recicláveis descartados pelas lojas. Quem não tem cavalo, apela para as carrocinhas de mão, o que torna o fluxo de veículos ainda mais lento. Em alguns casos, as carroças são guiadas ou mesmo puxadas por crianças e adolescentes expostos diariamente ao risco de atropelamento.
De acordo com o que prevê o Código, as carroças em desacordo com as regras de trânsito estão passíveis de multa e inclusive de remoção. O CTB, pelo artigo 52, orienta que os próprios municípios criem regras, determinem horários para o tráfego e fiscalizem o cumprimento das normas.
Jornal Gazeta do Sul
Nenhum comentário:
Postar um comentário