Até lá, animais recolhidos nas ruas terão de contar com a ajuda de voluntários.
A Prefeitura de São Leopoldo e a promotora de Defesa Comunitária do Ministério Público, Luciana Moraes Dias, reúnem-se amanhã, às 15 horas, para tratar da situação da Associação Leopoldense de Proteção aos Animais (Alpa), que deverá ter uma nova eleição em 45 dias. De acordo com o secretário de Comunicação Social, Ibanês Mariano, o Município também irá pedir a intervenção judicial da ONG. Enquanto a situação sobre os repasses interrompidos pela Prefeitura e denúncias de maus-tratos não se resolvem, um grupo de diretores da Alpa e voluntários passou o dia ontem tratando dos 340 cães e cinco gatos, fazendo limpeza e recebendo doações.
A atual diretora administrativa da Alpa, Jurema Iraci Dias, destacou que o grupo de oposição assumiu o local na sexta-feira. ‘‘Estamos trabalhando direto, recebendo doações e tentando recolocar a entidade nos eixos.’’ Segundo ela, a Alpa recebe até o dia 11 de junho inscrições de novos associados, que devem dar contribuição mensal a partir de 5 reais. Somente depois do recadastramento, será estipulada a data da eleição. Até agora, apenas uma chapa foi formada para a disputa. A decisão sobre a nova eleição foi tomada no dia 15 de maio e estipula que o pleito seja efetuado em 60 dias, a contar da data.
‘‘Temos de contornar a disputa política que se instalou na Alpa e fazer algo na prática. Por isso, vamos pedir que o Ministério Público nos nomeie interventores da Alpa até que as diferenças entre a diretora e oposição se resolvam’’, disse Ibanês. Ele também comentou a interrupção dos repasses para a entidade. ‘‘Temos convênio com a Alpa, que tem obrigação legal de prestar contas, o que não ocorre há meses. Investimos cerca de R$ 100 mil por ano lá e o recurso existe, mas está bloqueado até que as contas sejam apresentadas pela atual diretora.’’ A diretora Ana Maria Gomes foi procurada por telefone ontem, mas segue sem retornar as ligações.
Inviável
A promotora adiantou que a intenção do Município é inviável. ‘‘A Alpa é uma ONG é como tal não pode ter intervenção legal. O que pode ser feito é o quadro de associados anular a eleição da atual diretoria e fazer nova votação. Por parte do Ministério Público, estivemos no local em abril e a situação que me foi passada era bem melhor do que a apresentada neste momento.’’
Integrantes do Batalhão Ambiental da Brigada Militar, da Defesa Civil e das secretarias municipais de Saúde e Meio Ambiente estiveram na área do Arroio da Manteiga ontem para uma vistoria. De acordo com o soldado Paulo Silva Soares, três carcaças de cães foram encontradas em um freezer. A bióloga Silvia Regina Michel foi uma das pessoas que se sensibilizaram com a situação. ‘‘Vim trazer ração.’’
Foto: Roberto Vinícius/Especial.
Diario de Canoas
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