Há 50 milhões de anos, na chamada "aurora dos tempos", existiu, em quase todos os continentes, um animal do porte de uma raposa, o Eohippus.
Com o correr dos séculos, ele foi sofrendo a ação da seleção natural, aumentando de tamanho até chegar ao Equus fossilis, o cavalo pré-histórico. Sua evolução pode ser muito bem acompanhada através dos fósseis encontrados, sendo que , na América, os primeiros foram encontrados em 1829. Mais tarde no estado do Colorado, nos Estados Unidos, foi encontrado um grande depósito de fósseis de Eohippus, mais uma vez, documentado sua existência na América, de onde desapareceu no período quaternário.
Quando os espanhóis aportaram no novo mundo, os indígenas não conheciam o cavalo, portanto, a chegada dos primeiros reprodutores só ocorreu no século XVI, o que deu início a sua criação nesta parte do mundo.
Como um elo entre o cavalo pré-histórico e o atual, ainda vive o Equus Przewalski, animal de 1,10m de altura e muito semelhante ao cavalo pré histórico.
O cavalo foi domesticado nas estepes asiáticas entre os anos de 3.000 e 2.000 a.C. Por cruzamentos, mestiçagens, seleção e alimentação adequada, o homem conseguiu esse grande número de raças atuais, inclusive as brasileiras, adaptadas a diversos trabalhos. O esporte, praticado pelo homem, desde tempos imemoriais, tomou proporções muito maiores com a introdução do cavalo. As corridas de cavalos são antiquíssimas, as primeiras organizadas em padrões mais atuais datam do ano de 1.200, na Inglaterra.
Com a introdução de reprodutores árabes e uma rigorosa seleção, surgiu o puro sangue de carreira, cuja origem remonta do século XII e que representa uma perfeição zootécnica. Nos dias de hoje, esta raça está espalhada por todo o mundo, é criada no Brasil onde atinge um elevado padrão, como vem sendo comprovado por grandes vitórias de cavalos brasileiros no exterior. Além das corridas, os cavalos são responsáveis pela existência do jogo de polo e outras atividades consideradas esportivas.
Nos campos, o auxílio do cavalo é inestimável, como meio de transporte rural ou, ainda, como tração para arados. Como meio de transporte, mesmo no Brasil, em algumas regiões ele ainda é o único meio, devido a total ausência de estradas. Na tração, seu emprego é considerável, mesmo em países de alto nível industrial.
Não é possível falar em cavalo sem lembrar e destacar o seu papel nas guerras. Sua utilização em batalhas teve seu apogeu na idade média e nas cruzadas, quando os grandes cavalos europeus enfrentaram os leves e ágeis cavalos árabes dos muçulmanos. Modernamente, a cavalaria cedeu lugar à força motorizada mas nem sempre o cavalo pode ser substituído pelo tanque ou por qualquer outro veículo como, por exemplo, em regiões montanhosas. A importância do cavalo nas ações de guerra pode ter diminuído com o desenvolvimento de veículos motorizados, mas mesmo os exércitos mais poderosos do mundo, como o americano ou o russo, ainda possuem um enorme contingente de cavalaria.
Para utilização civil, o cavalo se destaca nas atividades esportivas e como uma atividade pecuária de criação, que movimenta centenas de milhões de dólares por ano em negócios e leilões milionários, em todo o mundo.
Fonte:Jorna Dia a Dia
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