Grupo de defesa dos animais no Espírito Santo denunciaram ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os maus-tratos sofridos por animais em um circo,
mas é difícil encontrar locais onde os bichos possam ficar.
A leoa anda para lá e para cá dentro de uma jaula. Um avestruz morreu. O outro tem a pata machucada. Sinais de maus-tratos, que chamaram a atenção de um grupo de defesa dos animais.
"Quantos animais precisamos ver morrendo para ter uma solução quanto a isso?", pede Ana Priscila dos Santos, da Associação Protetora dos Animais.
O Ibama foi ao circo, constatou maus-tratos e aplicou multa de R$ 500 por animal. Mas a multa não resolve o problema porque alguns continuam no circo do mesmo jeito. O Ibama afirma que não tem para onde levá-los.
A dona do circo ficou revoltada: "O pessoal denuncia, mas não toma nenhuma providência. Não podemos mudar o circo e deixar o animal para trás", destaca a proprietária do circo, Crisângela Camargo da Silva.
Três dias após a denúncia, o Ibama conseguiu transferir o avestruz para uma universidade. Mas, para o leão, é difícil encontrar um zoológico que possa receber o animal.
Nesses casos, o dono do circo se torna o fiel depositário. No interior do Espírito Santo, quando o circo não está se apresentando, o dono leva a leoa para o quintal de casa. Vira atração na cidade.
Em outro circo, um leão também fica em uma jaula pequena e enferrujada. Já aconteceu um acidente. O animal arrancou o braço de uma mulher dois anos atrás. O proprietário do circo também já tentou doar o bicho e não conseguiu. Desse jeito, além do espetáculo, o circo também leva preocupação nas cidades por onde passa.
"Fica a preocupação de levar as crianças e ter um problema. Até mesmo um ataque de leões", diz a diretora de creche Mary Barcelos.
Fonte: G1
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