Maioria não é castrada e requer vermífugo. Custo com ração é de R$ 100,00 por semana
Uma residência que fica localizada na rua Jordão, no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre, se tornou uma verdadeira moradia para mais de 60 gatos. A dona dos animais faleceu há cerca de um mês e os bichos permaneceram na casa, sem donos. Quem faz o cuidado provisório dos gatos são duas vizinhas, que contam com poucos recursos para alimentar dezenas de animais.
Semanalmente, elas gastam cerca de R$ 100,00 com comida. Cerca de 24 quilos de ração são dados aos bichos a cada sete dias. De acordo com a protetora de animais Cleide Frasson Zanini, os gatos precisam de mais cuidado. A maioria deles não é castrada e ainda tem que ser medicada com vermífugo.
As moradoras Carolina Bernardes, de 79 anos, e Helena Brunchack, de 78, que estão cuidando dos bichanos, levam ração e comida duas vezes por dia até local. "Mas não temos condições de manter. Dá muito trabalho, sem contar as condições que encontramos aqui", relatou Helena. A casa onde estão os bichos reflete um cenário caótico. A residência ficou abandonada, além de apresentar um cheiro muito forte provocado pela falta constante de limpeza. Os gatos entram e saem da casa pelas janelas e portas. "Eles realmente tomaram conta de tudo", diz Carolina.
Cleide tem receio de que os animais possam ficam sem cuidado e de que outros moradores possam até matá-los com uso de veneno. "São vários gatos bonitos e que podem ser adotados. Mas eles precisam urgente de castração", analisou a protetora.
Segundo Cleide, uma gata e seus descendentes podem gerar até 240 mil novos gatos em seis anos. "Esses animais nunca foram castrados, e é por isso que o volume de gatos é tão grande nessa casa", enfatizou. Cleide tem contado com a ajuda de entidades de proteção aos animais e de veterinários para fazer a castração. Ontem, ela encaminhou quatro dos bichanos para realizarem o procedimento. "Mas ainda são muitos, e continuaremos precisando de ajuda", ressaltou.
Quem puder ajudar ou quiser adotar gatos pode entrar em contato com Cleide por meio do telefone (51) 9116-5670. As pessoas podem contribuir com rações, sachês e patês para felinos, vermífugos, além de castração e diárias em clínicas para recuperação de fêmeas. Ajuda em dinheiro também é aceita.
Fonte:Correio do Povo
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