Na época dos faraós
Animais domésticos já foram até idolatrados pelos seres humanos
Especialista em cultura egípcia garante que na época dos faraós cães e gatos eram tratados como representantes dos deuses na Terra. Maltratar animais podia levar à pena de morte.
Alvo de mimos, carinho e dedicação na atualidade, os animais domésticos já foram até idolatrados pelos seres humanos. "No Egito Antigo, eram considerados representantes dos deuses na Terra", conta o egiptólogo Wallace Gomes, especialista que estuda a relação de homens e animais na época dos faraós.
Segundo Gomes, cada animal era dedicado a uma divindade e por isso nenhum deles era sacrificado. O Deus da Escrita, Toth, era representado como um íbis, ave de bico e patas longas, ou por um homem com cabeça de íbis. "Essa ave era muito comum no Rio Nilo. Elas ficavam na margem à procura de alimento. Como o seu bico é muito longo, ficavam marcando o chão à procura de animais. Para os egípcios as marcas deixadas por elas pareciam uma forma de escrita, por isso o pássaro passou a ser considerado uma divindade."
O cão era outra figura especial naquela cultura. Considerado como o animal sagrado do Deus Anúbis na Terra, muitos eram mumificados ao lado dos donos para atrair proteção. Os bichanos também tinham seu lado sagrado. A primeira domesticação de felinos de que se tem notícia foi no Egito Antigo. Naquela época, o bicho era idolatrado e vivia no colo da realeza. Quem maltratasse ou matasse um gato poderia ser condenado à morte.
Um mito curioso é o da deusa da alegria e do lar, Bastet, simbolizada por uma gata, por seu apego e proteção domiciliar. "O povo egípcio era um excelente observador da natureza e isso colaborou muito na estrutura de sua religião. O desenho do leão, por exemplo, era usado na mobília e representava força e coragem Também trazia a idéia de realeza e poder", explica Gomes. "A Esfinge, um dos principais símbolos históricos do Egito, denota a idéia de um leão deitado com a cabeça de um ser humano", complementa.
Fonte:Bem Paraná
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