quarta-feira, 11 de março de 2009

Depoimento sobre caso de tortura do idoso suspeito de maltratar animais.

Laércio Oliveira é acusado de torturar idoso. Ele disse que idoso foi preso porque estava armado.


O delegado Laércio Oliveira, de Barras, está na delegacia do Idoso em Teresina, para prestar depoimento sobre o caso de possível tortura do idoso Luis Carlos de Araújo Rego, o “Reguinho,” de 67 anos.


Segundo o delegado Laércio, as denúncias são infundadas e os hematomas que apareceram no corpo do idoso são conseqüência da resistência à prisão no dia 19/02. O delegado disse que ele foi preso em flagrante no povoado Pebas após ser encontrado com um revólver calibre 38 e uma faca com 21 cm de lâmina. Laércio disse ainda que vários vizinhos já o denunciaram por furto e maus tratos em animais e ameaças de agressão.

Foto: Caroline Oliveira/CidadeVerde.com
Laécio Oliveira chega à delegacia do Idoso em Teresina.



“Ele chegou a amarrar com um arame a boca de um porco para ele não comer, e o animal veio a falecer. Nós tivemos em loco no povoado e recebemos várias denúncias”, disse.



Segundo o delegado, ele morava sozinho porque nem seus parentes o agüentavam. Ele alegou ainda que o idoso foi despido na cela por um procedimento normal para revista, já que foi encontrado com armas. Seu advogado, João Evangelista Pereira de Araújo, vai contestar o laudo do IML.



O delegado Marllos Sampaio, titular da Delegacia de Proteção ao Idoso, recebeu ainda na semana passada o laudo do IML, que constatou “tortura com ferimento contuso com 1 cm de extensão e edema traumático em região oral”, além de manchas e escoriações na região inguinal esquerda e lombar esquerda, com instrumento contundente.



Marllos Sampaio vai a Barras na próxima semana colher depoimentos de populares, de dois policiais que participaram da prisão e dos médicos que o atenderam no hospital da cidade.



Até o final do mês ele entrega o relatório para o secretário de Segurança e para a Justiça.

“Apenas o depoimento da vítima e acusado não são suficientes para embasar inquérito. Por isso vamos a Barras ouvir testemunhas e a partir daí decidiremos se indiciaremos ou não o delegado”, finaliza Marllos.



Flash de Caroline Oliveira

Redação de Leilane Nunes


CONTINUAÇÃO

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